Com 26,2% de área verde em seu território, Salvador é a segunda capital do país com maior percentual de vegetação, atrás apenas de Rio Branco, no Acre, com 32,8%. Os dados são do estudo “Perfil das Áreas Urbanas no Brasil”, da rede MapBiomas. Ambas as cidades se destacam, já que os demais municípios brasileiros têm, na média, 11% de vegetação em seus espaços urbanos.
Na última década, Salvador recebeu uma série de ações para conservação e ampliação da natureza existente. No período, foram plantadas cerca de 110 mil árvores por toda a cidade, além de ações de preservação em 26 mil km quadrados de Mata Atlântica, recuperando parques e áreas verdes. Atualmente, a capital baiana conta com mais de 1,5 mil praças com áreas verdes, sendo que cerca de 600 delas foram reformadas nos últimos quatro anos.
“É com orgulho que celebramos Salvador como a segunda capital com mais área verde do Brasil, conforme apontado em pesquisa. Esse resultado reflete o esforço contínuo da nossa gestão em promover a preservação ambiental e a sustentabilidade urbana”, destaca o secretário de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal, Ivan Euler.
Um dos exemplos mais recentes foi o início da construção do Centro de Interpretação da Mata Atlântica, no Bonfim, no último mês de setembro. A intervenção segue em andamento e envolve a requalificação de uma área de 13,8 mil metros quadrados num horto situado na Rua Baden Powell, próximo ao novo Hospital Municipal do Homem.
“As áreas verdes são essenciais para a qualidade de vida da população, contribuindo para a saúde, o bem-estar e o equilíbrio ecológico da cidade. Seguiremos trabalhando para preservação das nossas unidades de conservação, parques e espaços naturais, garantindo que Salvador continue sendo uma cidade cada vez mais verde e acolhedora para todos,” reforça o secretário.
Também receberam melhorias e investimentos recentes o Parque da Cidade, no Itaigara; Lagoas dos Pássaros e dos Dinossauros, ambas no Stiep; o Parque da Pedra de Xangô, em Cajazeiras; Parque do Ventos, na Boca do Rio; e Jardim Botânico, em São Marcos.
De acordo com o secretário, os espaços verdes têm recebido um interesse crescente, uma vez que agora são oficialmente reconhecidos como provedores de serviços ecossistêmicos. “As ações e investimentos nesta área visam contribuir para o alcance dos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, particularmente o ODS 11, que visa tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”, explica Euler.
Mais ações – Ainda se somam ao rol de ações municipais em curso a Caravana da Mata Atlântica, que distribui mudas gratuitamente para os soteropolitanos; o IPTU Verde, voltado para empreendimentos imobiliários que realizam ações de sustentabilidade em suas construções; e o Plano Diretor de Arborização Urbana, lei que define diretrizes e estratégias de planejamento, implantação, reposição e manutenção da arborização em espaços públicos da cidade, entre outras medidas.
O levantamento da rede MapBiomas mostra que, das 27 capitais brasileiras, 19 ganharam um percentual a mais de vegetação no último ano, enquanto as outras oito perderam. Natal aparece na última colocação, com 10,1% de área verde. O levantamento relacionado ao ano de 2023 se baseia em mapas anuais de cobertura e uso da terra. Participam do trabalho colaborativo mais de 100 pesquisadores de universidades, ONGs e empresas de tecnologia do Brasil.