Comemorando 106 anos de história, o Museu de Arte da Bahia, localizado no Corredor da Vitória, foi reaberto para visitação do público nesta terça-feira (23), com a exposição sobre o Movimento Armorial, criado e liderado por Ariano Suassuna. O equipamento passou por revitalização e reabre as portas após a conclusão da primeira etapa das obras, que contemplou a cobertura dos três prédios e o piso do primeiro andar. A previsão é de que a segunda etapa seja entregue até dezembro, com a revitalização dos jardins e outros espaços. A terceira e última fase, quando o equipamento será entregue totalmente reformado e com o retorno das exposições do acervo histórico do MAB, está prevista para o início do ano que vem.
“Reabrir o MAB, no dia do seu aniversário, recebendo uma exposição como a Armorial 50, só mostra a importância desse equipamento para Salvador. Um museu com capacidade para receber grandes eventos nos cenários nacional e internacional”, afirma Marcelo Lemos, diretor-geral do Ipac.
Além da Mostra do Movimento Armorial, estão previstas para os meses de julho e agosto, as exposições de Fábio Magalhães, a continuação da mostra de Floro Feire, Retratos de um Tempo, e a residência artística de Bel Borba. O MAB também vai receber a Oficina e Restauração de Cerâmica e Azulejaria e o novo museu Udo Knoff, que terá as novas instalações no Corredor da Vitória. Haverá espaço expositivo, além de fornos para a realização de oficinas para os públicos interessados.
Armorial 50
Após passar por Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Campina Grande e Recife, a Mostra “Armorial 50” chega ao MAB, para uma temporada entre os dias 23 de julho e 20 de outubro. A exposição celebra os cinquenta anos Movimento Armorial, um dos mais importantes movimentos artísticos brasileiros, fundado em Recife, na década de 1970, pelo renomado dramaturgo, professor, pintor e escritor Ariano Suassuna (1927-2014).
“Armorial 50” tem a curadoria de Denise Mattar, idealização e coordenação da produtora Regina Rosa de Godoy e consultoria do artista plástico Manuel Dantas Suassuna (filho de Ariano Suassuna) e do poeta, ensaísta e professor da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Newton Júnior. Instalada no no térreo do MAB, a exposição oferece uma imersão no universo armorial, com uma programação diversificada que inclui espetáculos musicais, debates sobre o legado do movimento, atividades interativas e acesso a conteúdos digitais, como um tour virtual da mostra e uma playlist em streaming de áudio.