A exposição “Um Defeito de Cor” atraiu um público de 127 mil pessoas durante temporada em cartaz no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, em Salvador. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Cultura, uma média de 30 mil pessoas por mês, desde novembro, visitaram o local para prestigiar a mostra, representando o dobro da quantidade do público em exposições em outros museus da capital baiana.
Fruto de uma parceria entre a Prefeitura de Salvador, a Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira e a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura, com a concepção original do Museu de Arte do Rio de Janeiro, a mostra é inspirada no romance literário “Um Defeito de Cor”, da escritora mineira Ana Maria Gonçalves, e contou com curadoria da própria autora, ao lado de Ana Bonan e Marcelo Campos.
Ao todo, “Um Defeito de Cor” reúne cerca de 370 obras de mais de 100 artistas do Brasil e do mundo, abordando temas relacionados ao processo de escravização dos negros, as lutas e resistências afro-diaspóricas nas Américas, o protagonismo feminino, a religiosidade e a África Contemporânea. O acervo inclui peças raras de artistas baianos como Mestre Didi, José Adário dos Santos (Zé Diabo), J. Cunha, Valdete da Silva (Mãe Detinha) e Yêdamaria, uma das fundadoras do Muncab, além de fotografias do nigeriano Iké Udé e peças de outros artistas internacionais. Após passagem pela capital baiana, a premiada exposição agora segue para o Sesc Pinheiros, em São Paulo.