Salvador registrou um importante crescimento no setor hoteleiro, com uma taxa de ocupação de 75,01% em janeiro deste ano. O resultado é superior aos 71,75% alcançados no mesmo período do ano anterior, mas ainda abaixo do recorde registrado para o mês, que foi de 81,62%, obtidos em 2018. Já a diária média apresentou um incremento de 10,4% em relação a 2024, atingindo o valor de R$ 783,77. 

A ocupação da segunda quinzena do mês foi superior a primeira, ao contrário do que costuma ocorrer em janeiro. Entre os principais fatores que contribuíram para este resultado, estão eventos e festas populares tradicionais como a Lavagem do Bonfim, o Festival de Verão, além da Festa de Iemanjá. Nestes três períodos citados as taxas de ocupações diárias registradas superaram os 80%.

“Podemos dizer que foi um mês positivo para a hotelaria de Salvador, com crescimento em todos os indicadores, dentro das nossas expectativas, mas também entendemos que há potencial para que a taxa de ocupação da rede hoteleira cresça em ritmo mais acelerado, dado o aumento no fluxo de turistas na cidade. Temos como um dos principais entraves ao crescimento a falta de isonomia tributária e de obrigações acessórias entre a hotelaria e o aluguel de imóveis por temporada em plataformas digitais, e entendemos que a legislação vigente precisa acompanhar o ritmo das mudanças, de forma a garantir competitividade ao setor hoteleiro, que é um grande gerador de empregos formais e arrecadação municipal, estadual e federal, e tem sido bastante prejudicado com a falta de competitividade, o que pode gerar reflexos negativos na própria arrecadação de ISS, ICMS e de outros tributos que beneficiam a cidade e o Estado”, avalia o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Seção Bahia – ABIH-BA, Wilson Spagnol.