A capital baiana acaba de ganhar um novo parque urbano voltado para a conservação da Mata Atlântica. Trata-se do Centro de Interpretação da Mata Atlântica, localizado no Bonfim, que também servirá como espaço de lazer, de escola de jardinagem e de educação ambiental para a população.
O projeto, elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira, envolveu a requalificação de uma área verde de 13,8 mil metros quadrados localizada na Rua Baden Powell, no Bonfim, ao lado do Hospital Municipal do Homem. O investimento total para a implantação da estrutura foi de R$10 milhões, entre serviços de jardinagem, obras e aquisição de mobiliários.
“Nos últimos anos, a nossa marca foi a implementação de novos parques, e a recuperação dos que já existiam (…) Por isso que temos o título de capital nacional da Mata Atlântica. Nenhuma cidade no Brasil preserva tanto o seu bioma como Salvador”, destaca o prefeito Bruno Reis.
O gestor ressalta ainda que Salvador é a capital que menos emite gases do efeito estufa no país e que tem investido em um modelo de desenvolvimento cada vez mais sustentável. “Aqui, vamos fazer educação ambiental para as crianças, pois a gente sabe a importância disso, que a criança aprenda desde cedo, na escola, a ter consciência e compromisso com a causa ambiental. Queremos perpetuar para as gerações presentes e futuras esse conhecimento”, diz.
Educação – O Centro de Interpretação da Mata Atlântica possui leiras, viveiros de mudas, edificações modulares para salas de aula, biblioteca, café, mirante, espaço administrativo e módulo para eventos de pequeno porte. As instalações levaram em conta a sustentabilidade ambiental, tendo paineis para a geração de energia solar, tetos verdes, iluminação natural e ventilação cruzada. O espaço ficará aberto ao público de terça a sábado, das 8h às 17h.
“Esse é um sonho antigo da cidade, de ter um espaço para trabalhar a preservação e a conservação da Mata Atlântica, um bioma extremamente importante, sendo o maior do Brasil, com 70% da população vivendo nele e com a maior biodiversidade do planeta. Então, esse é um tema que a gente precisa trazer de forma mais firme para o cidadão, e esse equipamento vai tratar especificamente deste assunto”, afirma o secretário de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal, Ivan Euler. “Em breve, também vamos entregar uma sala imersiva, que é outra novidade, que terá projeções de imagens e de áudio com conteúdos sobre preservação ambiental”, acrescenta.
Como curiosidade, o espaço ganhou uma estátua de Charles Darwin, naturalista britânico e biólogo fundador da Teoria da Evolução das Espécies. “Para quem não sabe, a primeira vez em que Darwin conheceu uma floresta tropical na vida dele foi aqui em Salvador, em 1832, quando tinha 22 anos. Ele não conhecia antes, se encantou com a nossa Mata Atlântica e a partir daí começou a desenvolver estudos que se transformaram na teoria da evolução”, explica Euler.