Considerado um dos principais cartões-postais da cidade de Salvador, o Elevador Lacerda passará por obras de restauração e requalificação que visam resgatar características originais do equipamento, oferecendo mais conforto aos cerca de 22 mil usuários que utilizam o meio de transporte, diariamente, para se deslocar entre as Cidades Alta e Baixa. A responsável pelo projeto é a Fundação Mário Leal Ferreira e a empresa Otis Brasil, com sedes no Rio de Janeiro e em São Paulo, que fará a execução das obras da parte mecânica do equipamento.
As obras no primeiro elevador urbano do mundo, que foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em 2006, incluem melhorias estruturais nos saguões que abrigam as quatro cabines dos elevadores, com implantação de sistema de climatização, nova pintura, iluminação, revestimentos das paredes e do piso, assim como soluções para otimizar o fluxo de passageiros. Além disso, os sistemas elétrico e mecânico do ascensor passarão por manutenção. Todo o processo deve ser concluído em 10 meses e contou com investimento de R$ 11 milhões.
Saiba como vai ficar o Elevador Lacerda
Uma das novidades previstas no projeto será a liberação das varandas situadas nos espaços laterais do acesso da Cidade Alta, na Praça Municipal. Com isso, a sorveteria A Cubana será realocada para o hall de acesso onde, atualmente, funciona o Centro de Informações ao Turista. Além disso, com o objetivo de evitar longas filas nas catracas, também serão criadas bilheterias próximas às entradas, tanto na Praça Municipal quanto no Comércio, onde os passageiros poderão fazer o pagamento da tarifa para embarcar no elevador.
O icônico letreiro com o nome “Lacerda”, localizado no topo da fachada do edifício voltado para a Praça Municipal, será restaurado e receberá a iluminação adequada. Já na Cidade Baixa, serão criados novos gradis metálicos sobre as três portas de acesso, com as palavras “Entrada”, “Lacerda” e “Saída”.
Toda a parte de infraestrutura relacionada a ar-condicionado, elétrica, sistema de segurança e contra incêndio, entre outros, passará por atualização, com forros do teto substituídos por soluções técnicas de menor interferência, enquanto os revestimentos terão materiais de alta resistência e durabilidade. O piso das estações será em granito marrom antiderrapante.
Já o saguão da estação Cidade Baixa terá novas claraboias e paredes revestidas parcialmente com painéis em azulejos artesanais na cor branco. No passadiço e estação da Cidade Alta do elevador, as paredes receberão pintura acrílica na cor bege claro, além de esquadrias substituídas por um novo sistema que faz referência às composições originais de 1930, porém, agora com caixilhos de alumínio com pintura branca e venezianas móveis de vidro.